Instagram

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Faculdade, faculdade, amigos à parte?

Essa questão definitivamente tem ocupado a minha mente nos últimos meses…

É sempre mais fácil quando a pimenta é nos olhos dos outros e por mais que eu não entendesse a algum tempo atrás quando os meus amigos diziam que não tinham tempo por causa da faculdade e do trabalho, agora entendo. Não a parte do trabalho, mas a da faculdade — se bem que nem precisa trabalha pra ver que a faculdade toma boa parte do seu tempo.
Eu não entendia o “por que” deles serem tão ausentes, tão “não amigos”, por não poderem nem sair pra tomar um açaí. Mas agora entendo e isso foi acontecer da pior maneira possível: a faculdade sugou todo meu tempo e de quebra o que restava foi roubado pelas longas horas de viagem dentro de um ônibus estranho com gente esquisita.
Mas se esse fosse o único problema, diria, mas não, meu amigos — que agora nem sei se são mais meus amigos, porque o aumento da minha ausência dificulta as coisa —, também trabalham ou estudam, então o tempo que já era curto acabou esgotado de vez.

Recentemente fiz uma conta de quantos amigos tinha quando terminei o ensino médio e o número era de 8. Bem curto, eu sei, não sou muito de fazer amizades. Também somei o número de amigos que tinha antes de começar a faculdade — dentro desse número de 8 —, e o número diminuiu pra 4 (WTF?). É, eu sei, triste. Muito triste até eu diria. E ainda nessas contas, contei quantos amigos mantive depois de começar a faculdade. É triste, mas acho que nenhum. Talvez seja porque eles amadureceram e também enfrentam a difícil tarefa de conciliar trabalho e faculdade, mas o fato é que acabei sozinho e descobrindo que “faculdade, faculdade, amigos à parte” é uma expressão que no meu caso faz todo sentido.

Não que eu não procurei meus amigos depois que a faculdade começou, longe disso, procurava até demais — acho que em parte foi isso que acabou fazendo com que eles se afastassem drasticamente de mim, porque sou uma pessoa muito carente quando se trata de amizade, o que chega a ser irritante quase sempre —, mas depois de um tempo cansei de correr atrás pra ver se alguém notava a minha ausência e foi o que não aconteceu. São nessas horas que colocamos na balança tudo o que fazemos pelos outros e o que os outros fazem por nós… e no meu caso eu dei mais do que recebi e recebi menos do que esperava.

Posso dizer com toda certeza que a faculdade me mudou. Que Niterói me fez amadurecer, não só no sentido de como vejo o mundo, mas também no sentido de como as pessoas veem o mundo. Percebi que a inveja pode surgir de onde se menos espera e que ela pode ser um grande motivador.
O importante agora é seguir a vida e não dizer aonde ela vai me levar.